O NATAL QUE NUNCA ACONTECEU!

 Em 2020, no mesmo dia 24 de dezembro, a esta hora, 15h, eu recebi inesperadamente a notícia de que minha filha havia falecido, e seu corpo seria velado às 16h.

Eu estava preparando a ceia de natal na cozinha, minha mulher, a filha dela e eu.

Resolvi buscar o celular no quarto, e ao abrir o Facebook vi uma postagem de uma antiga namorada dela, com dizeres do tipo "vá em paz" etc etc com a foto da minha filha.

Não entendi nada, ou não quis entender.

Entrei no whatsapp da minha filha, mandei algumas mensagens pra ela, perguntando o que estava acontecendo, que havia lido a mensagem no Facebook e que ela precisava me dizer o que estava se passando.

Ela não respondeu…

Em seguida, mandei uma mensagem para a ex namorada, pelo Facebook mesmo, e foi ela quem me contou que a minha menina, a minha filha, tinha falecido.

A mãe e eu não conversamos desde a separação. Foi uma separação difícil e complicada, não interessa contar aqui, mesmo porque, existem 2 versões, a minha e a dela, e aqui, só posso contar a minha.

Mas, na prática, ela não me avisou.

Foi um choque indescritível, uma dor dilacerante!

E hoje, ainda tenho a sensação de que posso receber uma notícia ruim. Acho que essa sensação vai me acompanhar por anos, talvez por toda a minha vida.

A vida não nos prepara para perder filhos, ela nos ensina que um dia perderemos nossos pais, que é talvez o caminho padrão de todos, enterrar seus pais.

Mas enterrar um filho, não é uma coisa que se possa dizer que "faz parte da vida".


Não faz!


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